O artigo "Efeitos sectoriais e territoriais da experimentação em fases iniciais de inovações energéticas: Lições de 20 anos de tecnologias renováveis marinhas em Portugal" da autoria de Margarida Fontes, Marina Aguiar e Nuno Bento, que apresenta resultados da investigação conduzida no projeto OceanTrans, foi distinguido pela Finisterra com uma Menção Honrosa no concurso para o Prémio Melhor Artigo de 2022. A sessão teve lugar no dia 19 de outubro de 2023, no IGOT-Universidade de Lisboa.
RESUMO – A urgência climática e questões mais conjunturais como pandemias e guerras apontam para a necessidade de acelerar a transição sustentável e, particularmente, o desenvolvimento e implementação de novas tecnologias de energias renováveis. Essa aceleração depende crucialmente da capacidade de mobilizar recursos e competências existentes no território. A passagem a uma fase comercial coloca desafios importantes, que podem ser enfrentados com base nas capacidades adquiridas na fase inicial de experimentação, cujos efeitos permanecem pouco estudados. Portugal tem uma experiência longa no desenvolvimento de tecnologias de energias renováveis marinhas – energia das ondas e energia eólica offshore flutuante. Importa agora compreender, através de uma análise longitudinal suportada na construção de uma base de dados dos atores envolvidos, se as atividades conduzidas ao longo da fase inicial de desenvolvimento permitiram começar a mobilizar a indústria nacional e gerar núcleos sectoriais e regionais de atividade que possam suportar uma evolução futura. As análises apontam para a importância dos projetos de teste e demonstração na mobilização de empresas de sectores relevantes, embora a capacidade para atrair empresas locais seja ainda limitada, e revelam redes de empresas distribuídas pelo território, com predominância das principais áreas metropolitanas. Estes resultados podem informar estratégias para acelerar a difusão destas tecnologias, contribuindo para a transformação industrial.
Palavras-chave: Geografia das transições; sistemas tecnológicos de inovação; complementaridades sectoriais; transformação industrial; energias marinhas.
Artigo completo em: https://doi.org/10.18055/Finis27796
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